Meu povo, meu poema
(escrito por Ferreira Gullar na década de 1970 e incluído no livro Dentro da Noite Veloz, publicado em 1975)

Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova No povo meu poema vai nascendo como no canavial nasce verde o açúcar No povo meu poema está maduro como o sol na garganta do futuro Meu povo em meu poema se reflete como a espiga se funde em terra fértil Ao povo seu poema aqui devolvo menos como quem canta do que planta